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Coisas que...

Coisas que...

10
Fev25

[Penso] Apanhado de janeiro

Partilho um pouco do que visitei, li e vi durante o mês de janeiro.

Museus

Não sei ou percebo muito de arte contemporânea, e pouca arte contemporânea, na verdade, me chama a atenção. Talvez porque lida com conceitos e (des)construções, precisando eu de alguma mediação, entre a obra e a minha pessoa, ou o seu impacto, ideia e brilhantismo passam-me ao lado. Mas até a mediação consegue afastar-me ao ser, muitas vezes, paternalista... Também não sou pessoa que fique a ver material audiovisual em museus, mas por alguma razão Bardo Loops de Gabriel Abrantes, "uma instalação de quatro filmes onde fantasmas conversam num futuro distópico sobre temas simultaneamente reais e atuais", que se encontra exposta no Centro de Arte Moderna (CAM) da Gulbenkian, chamou-me a atenção. Pode ter sido os fantasmas fofinhos, mas bolas que dão um murro no estômago! Sobretudo as sequências sobre a genética/eugenia e o casal a discutir ter ou não um filho.

Aquela obra encontra-se inserida na exposição "Linha de Maré" que tem outras peças interessantes, como Posta de Rosa Carvalho ou Viagem ao interior desconhecido através de linhas paralelas de Graça Pereira Coutinho, ainda que não me tenham impactado tanto, assim como o discurso da exposição pouco fez por mim, mas pode ser a tal coisa de precisar de mediação (que não paternalista). Ainda no CAM, achei curioso o espaço das "Reservas Visitáveis", mas também estava à espera de outra coisa, até porque tive a sorte (durante um dos mestrados) de as visitar, e a outras reservas de museus, e são realmente espaços que acho que se poderia dar a conhecer um pouco melhor.

Apesar de ter começado pela arte contemporânea, o objetivo da minha visita à Gulbenkian foi aproveitar um dos últimos fins de semana da exposição "Veneza em Festa". Acompanhei a divulgação que a Gulbenkian ia fazendo da exposição, a dar a conhecer um pouco dos artistas ou das obras expostas, como, por exemplo, os "caprichos", e disse para mim mesma que não podia deixar passar a exposição. Esta exposição foi, sem dúvida, mais a minha onda e gostei bastante dos tais caprichos, mas sobretudo das gravuras baseadas nos quadros de Canaletto e utilizadas como souvenirs do Grand Tour, e de conhecer Francesco Guardi.

Livros

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O tempo que passo a passear o Nero continua a ser o tempo em que mais me vou dedicando às leituras, daí o predomínio do audiolivro. E de facto foram 2 dos audiolivros que se destacaram nas leituras deste mês.

Primeiro The Night in Question, da autoria de Susan Fletcher e narrado por Jenny Funnell, mas que sinceramente me soava à Judi Dench! Conta a história de Florrie Butterfield, uma octogenária, sem uma perna e que se movimenta numa cadeira de rodas, que se dedica a desvendar o que está por detrás de um acontecimento no lar onde se encontra a viver. A história vai-nos dando também a conhecer a vida de Florrie, que é das personagens mais fofas e otimistas, cheia de vontade de viver e experienciar a vida, que já tive a oportunidade de ler. Acho que este é um caso de livro certo no momento certo, e quando acabei de o ouvir só me apetecia ter uma edição física para abraçar e guardar com carinho. É certamente um livro que penso reler, sobretudo quando me sentir mais em baixo, porque tem uma alegria e paixão pela vida que contagia uma pessoa.

O outro livro que se destacou foi Inteligência Artificial de Arlindo Oliveira, narrado por Isabel Bernardo. Tenho de confessar que me faz um pouco de confusão ouvir um livro de não ficção escrito por um homem a ser narrado por uma mulher, mas ultrapassada essa barreira, digamos assim, gostei bastante do mesmo e é outro que espero ter em formato físico. Apesar do título, o autor neste ensaio discorre sobre a inteligência, desde a formação do cosmos e como se formaram as complexas redes neuronais dos cérebros humanos, até à inteligência artificial e o que poderá ser o futuro da Humanidade. Parece-me um bom livro introdutório a quem se queira inteirar da temática.

Filmes

Nos últimos anos tenho visto poucos (mesmo muito poucos) filmes, porque, na verdade, não vai havendo muita coisa que me chame a atenção ou simplesmente prefiro fazer outras coisas, geralmente ver algum episódio de uma série no Star Crime... Contudo, um dia destes estava em casa do meu irmão e ele mencionou estar disponível na Netflix o novo filme de stop motion "Wallace & Gromit: Vengeance Most Fowl". Como li aqui é "[j]ust the right film to decry A.I. and humanities ever-increasing reliance on tech, the loss of a human touch in favour of an unnatural, pristine feel." Houve uma parte que, tenho a dizer, levou-me a questionar o meu próprio relacionamento com o Nero (não são poucas as vezes que ele quer atenção e eu estou agarrada ao telemóvel), mas um bom filme é aquele que como que nos aponta um espelho e nos leva a questionar, e não é por ser de animação que um filme não levanta questões. Que mais dizer? Temos o regresso de Feathers McGraw, o meu vilão preferido, com quem nos cruzámos em "The Wrong Trousers", que é dos meus filmes favoritos. Este, se não se tornou num dos favoritos, fica lá perto.

02
Mai17

[Visito] Os bastidores...

Tive a sorte de crescer e de vir a trabalhar em museus, de os conhecer por dentro e por isso saber que um museu é muito mais do que as exposições que mostra. E se soubessem o que muitos não mostram, seja por falta de espaço, necessidades de conservação, relevância histórica ou artística... são tantos os bens culturais em reserva! E são estes os espaços que me fascinam. E continuam a fascinar.

Hoje tive a oportunidade de visitar mais um destes espaços e, como sempre, fiquei maravilhada. Inevitavelmente, imagino-me a trabalhar naqueles locais, a mexer naqueles objetos, a tentar perceber o que me têm a dizer. Sim, porque os objetos falam. Os que hoje visitei contam a história de conquistas coletivas, de alegrias para muitos e até de tristezas para os mesmos.

bastidores.jpg

 

08
Jul15

[Visitei] Lisboa a pé #1

Na Feira do Livro comprei um baralho com 52+2 cartas com percursos para conhecer Lisboa e arredores a pé. Isto porque nos últimos anos o meu irmão e eu temos passado alguns dias a tentar conhecer a cidade mas acabávamos por ir sempre aos mesmos sítios. Dando uma rápida vista de olhos pareceu-me que, em 52 fins-de-semana, haveria muito de Lisboa por descobrir e foi assim que o trouxe. Logo no dia seguinte escolhemos uma carta, a primeira, e lá fomos à descoberta das Muralhas de Lisboa.

Infelizmente das muralhas pouco se viu. Algumas estão integradas no traçado urbano e com alguma indicação lá vemos o seu testemunho, outras estão agora de certa forma vedadas, dentro de edifícios que parecem abandonados ou outros recuperados há pouco tempo mas que têm horário de abertura ao público algo específicos. Domingos não são por isso dos melhores dias para fazer estes percursos, convém ver quando é que os edifícios/conventos/museus estarão abertos, porque mesmo eu que trabalho num museu fui surpreendida pelo Museu de Farmácia estar fechado num domingo (apesar de a esplanada estar aberta ) num outro passeio.

No entanto, foi interessante andar por Alfama em preparação para o Santo António e conhecer outras vistas sobre esta cidade lindíssima, como a que se tem do Largo das Portas do Sol. Como eu nem sempre sou boa guia, ainda acabámos por subir a rua errada e dar ao Largo da Graça, mas não nos arrependemos.

Posso ser seduzida por outras paragens mas realmente não há outra cidade com uma luz tão fantástica e tão cheia de cor como Lisboa.

Todas as fotos que se seguem são do mano, que tem muito mais jeito para a coisa, e há mais aqui

 

https://flic.kr/p/tmwk5S

24
Mar15

[Visitei] Mérida

Soubesse eu o que sei hoje e talvez não tivesse lá ido em setembro passado... Ou então não. Na verdade adorei ter lá estado em setembro e não trocava aquela viagem por nada, até porque as duas visitas que lá fiz nos últimos 15 dias, duas visitas com ida e volta no mesmo dia, foram em trabalho e pouco deu para passear, tirando uma horinha depois de almoçar (às 15h da tarde de lá) e antes dos afazeres de ontem.

Teatro e Anfiteatro de Mérida

Teatro e Anfiteatro de Mérida

Teatro e Anfiteatro de Mérida

Teatro e Anfiteatro de Mérida

Teatro e Anfiteatro de Mérida

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