[Acontecem] Banhos de sol
![]()
Ontem encontrei um motard a apanhar sol pela manhã.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
![]()
Ontem encontrei um motard a apanhar sol pela manhã.
Na verdade, já algures no ano passado voltei a pegar na bicicleta. Uma só vez, mais para perceber quão enferrujada estaríamos eu e a bicicleta. Confirmou-se que ambas estávamos a precisar de alguma manutenção e foi por isso como que uma vez sem exemplo...
Hoje voltei ao selim (novo, uma das coisas que se verificou ser preciso mudar na pequena volta anterior), ainda com alguns problemas mecânicos que o meu irmão (o responsável por este meu regresso à bicicleta) tentou resolver e que provavelmente implicará ter mesmo que trocar algumas coisas, ainda que vá dando para umas voltas como a de hoje.
Foram 21km pelos mais diversos tipos de piso, por entre tráfego automóvel e pedonal, a tentar ganhar confiança e não me sobressaltar com tudo e mais alguma coisa...
A ver se faço isto mais amiúde, para que se torne talvez num hábito ou até no meu meio de transporte!
É o primeiro em que ele não está presente. Em vez da sua presença física há antes uma mágoa enorme. Não só pela perda, mas sobretudo por sentir que não o aproveitei enquanto o tinha aqui comigo, e que agora é tarde demais para lhe dizer o quanto o amo e me faz falta.
Passeava o meu Nero, enquanto ouvia um audiolivro, quando umas senhoras já de idade se aproximaram de nós. Parei o audiolivro, as senhoras perguntaram se podiam cumprimentar e fazer festas ao Nero, que raramente se mostra incomodado com tal coisa, muito pelo contrário, adora conviver com pessoas e (alguns) outros cães.
Ao despedirem-se, uma das senhoras questionou
É uma felicidade passear um cão, não é?
Saiu-me apenas um "é sim", porque como explicar que tem sido das poucas coisas que me traz alegria nos últimos meses? Mesmo debaixo de cargas de água como as que têm caído nos últimos dias.
Já aqui tinha falado do sentimento de felicidade e reforço a ideia, preciso de me lembrar de procurar o melhor que cada dia traz. Mais não seja passear o cão.
Um dia destes, passeava o meu Nero pela manhã sem estar na companhia de um audiolivro. A cacofonia que ia na minha cabeça impedia-me de estar concentrada no que quer que fosse, e limitei-me, então, segui-lo enquanto ele ia, como habitualmente, farejando o mundo.
Até que comecei a ouvir o som de pássaros, um autocarro a passar, pessoas a cumprimentarem-se... Entretanto o Nero parou numa zona verde e sentou-se, como se estivesse a ver a vida correr. Juntei-me a ele. Foquei-me no som do vento nas árvores, no voo das aves, na chuva miudinha que caía...
E a cacofonia como que parou.
Há-de voltar, mas o truque, percebi, é focar-me no que me rodeia, no momento presente.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.