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Coisas que...

Coisas que...

23
Fev25

[Acontecem] Voltar a andar de bicicleta

Na verdade, já algures no ano passado voltei a pegar na bicicleta. Uma só vez, mais para perceber quão enferrujada estaríamos eu e a bicicleta. Confirmou-se que ambas estávamos a precisar de alguma manutenção e foi por isso como que uma vez sem exemplo...

Hoje voltei ao selim (novo, uma das coisas que se verificou ser preciso mudar na pequena volta anterior), ainda com alguns problemas mecânicos que o meu irmão (o responsável por este meu regresso à bicicleta) tentou resolver e que provavelmente implicará ter mesmo que trocar algumas coisas, ainda que vá dando para umas voltas como a de hoje.

Foram 21km pelos mais diversos tipos de piso, por entre tráfego automóvel e pedonal, a tentar ganhar confiança e não me sobressaltar com tudo e mais alguma coisa...

A ver se faço isto mais amiúde, para que se torne talvez num hábito ou até no meu meio de transporte!

14
Fev25

[Comprei] E lá se foi uma resolução ao ar...

Tinha prometido a mim mesma não comprar livros este ano, mas de repente deparei-me com este numa livraria (e galeria) especializada em imagem desenhada.

IMG_20250214_143309.jpg

Já por aqui mencionei o quanto gosto deste autor/ilustrador, pelo que quando o vi, e sendo o único na estante, apoderei-me dele como o Gollum do seu "precious!" para gáudio das minhas colegas... Mas em minha defesa, não é propriamente um livro que encontre em outras livrarias mais generalistas. 

10
Fev25

[Penso] Apanhado de janeiro

Partilho um pouco do que visitei, li e vi durante o mês de janeiro.

Museus

Não sei ou percebo muito de arte contemporânea, e pouca arte contemporânea, na verdade, me chama a atenção. Talvez porque lida com conceitos e (des)construções, precisando eu de alguma mediação, entre a obra e a minha pessoa, ou o seu impacto, ideia e brilhantismo passam-me ao lado. Mas até a mediação consegue afastar-me ao ser, muitas vezes, paternalista... Também não sou pessoa que fique a ver material audiovisual em museus, mas por alguma razão Bardo Loops de Gabriel Abrantes, "uma instalação de quatro filmes onde fantasmas conversam num futuro distópico sobre temas simultaneamente reais e atuais", que se encontra exposta no Centro de Arte Moderna (CAM) da Gulbenkian, chamou-me a atenção. Pode ter sido os fantasmas fofinhos, mas bolas que dão um murro no estômago! Sobretudo as sequências sobre a genética/eugenia e o casal a discutir ter ou não um filho.

Aquela obra encontra-se inserida na exposição "Linha de Maré" que tem outras peças interessantes, como Posta de Rosa Carvalho ou Viagem ao interior desconhecido através de linhas paralelas de Graça Pereira Coutinho, ainda que não me tenham impactado tanto, assim como o discurso da exposição pouco fez por mim, mas pode ser a tal coisa de precisar de mediação (que não paternalista). Ainda no CAM, achei curioso o espaço das "Reservas Visitáveis", mas também estava à espera de outra coisa, até porque tive a sorte (durante um dos mestrados) de as visitar, e a outras reservas de museus, e são realmente espaços que acho que se poderia dar a conhecer um pouco melhor.

Apesar de ter começado pela arte contemporânea, o objetivo da minha visita à Gulbenkian foi aproveitar um dos últimos fins de semana da exposição "Veneza em Festa". Acompanhei a divulgação que a Gulbenkian ia fazendo da exposição, a dar a conhecer um pouco dos artistas ou das obras expostas, como, por exemplo, os "caprichos", e disse para mim mesma que não podia deixar passar a exposição. Esta exposição foi, sem dúvida, mais a minha onda e gostei bastante dos tais caprichos, mas sobretudo das gravuras baseadas nos quadros de Canaletto e utilizadas como souvenirs do Grand Tour, e de conhecer Francesco Guardi.

Livros

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O tempo que passo a passear o Nero continua a ser o tempo em que mais me vou dedicando às leituras, daí o predomínio do audiolivro. E de facto foram 2 dos audiolivros que se destacaram nas leituras deste mês.

Primeiro The Night in Question, da autoria de Susan Fletcher e narrado por Jenny Funnell, mas que sinceramente me soava à Judi Dench! Conta a história de Florrie Butterfield, uma octogenária, sem uma perna e que se movimenta numa cadeira de rodas, que se dedica a desvendar o que está por detrás de um acontecimento no lar onde se encontra a viver. A história vai-nos dando também a conhecer a vida de Florrie, que é das personagens mais fofas e otimistas, cheia de vontade de viver e experienciar a vida, que já tive a oportunidade de ler. Acho que este é um caso de livro certo no momento certo, e quando acabei de o ouvir só me apetecia ter uma edição física para abraçar e guardar com carinho. É certamente um livro que penso reler, sobretudo quando me sentir mais em baixo, porque tem uma alegria e paixão pela vida que contagia uma pessoa.

O outro livro que se destacou foi Inteligência Artificial de Arlindo Oliveira, narrado por Isabel Bernardo. Tenho de confessar que me faz um pouco de confusão ouvir um livro de não ficção escrito por um homem a ser narrado por uma mulher, mas ultrapassada essa barreira, digamos assim, gostei bastante do mesmo e é outro que espero ter em formato físico. Apesar do título, o autor neste ensaio discorre sobre a inteligência, desde a formação do cosmos e como se formaram as complexas redes neuronais dos cérebros humanos, até à inteligência artificial e o que poderá ser o futuro da Humanidade. Parece-me um bom livro introdutório a quem se queira inteirar da temática.

Filmes

Nos últimos anos tenho visto poucos (mesmo muito poucos) filmes, porque, na verdade, não vai havendo muita coisa que me chame a atenção ou simplesmente prefiro fazer outras coisas, geralmente ver algum episódio de uma série no Star Crime... Contudo, um dia destes estava em casa do meu irmão e ele mencionou estar disponível na Netflix o novo filme de stop motion "Wallace & Gromit: Vengeance Most Fowl". Como li aqui é "[j]ust the right film to decry A.I. and humanities ever-increasing reliance on tech, the loss of a human touch in favour of an unnatural, pristine feel." Houve uma parte que, tenho a dizer, levou-me a questionar o meu próprio relacionamento com o Nero (não são poucas as vezes que ele quer atenção e eu estou agarrada ao telemóvel), mas um bom filme é aquele que como que nos aponta um espelho e nos leva a questionar, e não é por ser de animação que um filme não levanta questões. Que mais dizer? Temos o regresso de Feathers McGraw, o meu vilão preferido, com quem nos cruzámos em "The Wrong Trousers", que é dos meus filmes favoritos. Este, se não se tornou num dos favoritos, fica lá perto.

08
Fev25

[Pondero] Comecemos onde ficámos?

Parece que estou sempre mais entusiasmada para escrever por aqui no início do ano (ainda que já entrados no segundo mês)…

Ora 2024… Comecemos onde ficámos… O Historathon ficou-se pelo primeiro trimestre. Sim, tinha feito uma pilha para o segundo, mas preferi dedicar-me à ficção, o que constituiu um escape no meio da cacofonia que raramente me largou, sobretudo a partir do meio do ano.

Na verdade, não sei para onde foi parte do meu ano. Quando olho para trás vejo coisas desgarradas, mas vejo sobretudo os bons momentos. Passeios de manhã com Nero e o Nero feliz no meio do campo, quando tive férias como já não tinha desde a pandemia. A participação numa conferência em Madrid e voltar a visitar museus. Conhecer novas séries de livros e autores que se tornaram favoritos, ou comprar uma (há muito desejada) série de livros por uma pechincha num alfarrabista.

Mas sei que algures a meio do ano afundei-me, não sei bem em quê. Desespero? Tristeza? Ainda hoje não sei bem o que está por aqui, até porque pelos vistos está já há muito tempo e tornou-se de tal forma parte de mim que foi preciso alertarem-me para tal. Contudo, porque tenho pessoas que, apesar de tudo, não desistem de mim, fui convencida a fazer terapia. Não está a ser fácil e ainda há muito trabalho que tenho de fazer, mas acho que nas últimas semanas a coisa começou a fazer o clique e parece que estou a conseguir como que respirar de novo.

Agora 2025… Voltei aos temas. Para este ano vou tentar “estar presente”. Vou procurar estar mental, emocional e fisicamente disponível, na medida do que me é possível, em cada momento do presente, envolvendo-me no que me rodeia e concentrando-me no que, no momento, posso fazer e/ou controlar. Vou também fazer por restabelecer relações que descurei nos últimos anos. Parece-me que esta última parte é o mais difícil, sobretudo porque acho que primeiro tenho de restabelecer a relação que tenho comigo mesma e, apesar de a coisa começar a fazer o clique como disse, está a custar bastante...

Além disso, pensei ainda fazer um no buy year. Desde a pandemia que tento ser uma consumidora mais consciente, mas tenho de confessar que abuso em algumas coisas, nomeadamente na compra de livros que depois ficam anos na estante por ler, ou em roupa que depois não uso... Tendo em mente realizar alguns projetos a médio prazo, este ano como que me "proibi" a comprar roupa, calçado e coisas assim, mas sobretudo livros. Claro que posso comprar roupa se alguma coisa se estragar e não tiver arranjo, mas terá de ser uma peça sai e entra outra que sei que vou usar, e não 5 que depois ficam esquecidas no armário...

Já no que toca aos livros, cancelei a subscrição da Audible, onde andava a acumular áudio-livros adquiridos com os créditos da subscrição, e vou procurar ler os que tenho cá por casa, até porque tenho uma pilha emprestada por colegas e devia devolvê-los parece-me ... Tenho a dizer que tendo já passado janeiro, já li e devolvi um livro dos emprestados (mas fui buscar outro à biblioteca), já li um e-book que tinha comprado no ano passado, e ouvi 3 áudio-livros que tinha acumulado com os créditos da Audible (mas já ouvi também 2 áudio-livros emprestados - yay bibliotecas digitais!) e não comprei nenhum.

Por fim, a ver se volto também a escrever aqui mais amiúde. Tenho escrito bastante para mim, o que tem ajudado a pôr a cabeça em ordem, mas tenho alguma saudade de ir partilhando o que leio ou vejo.

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