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Coisas que...

Coisas que...

17
Jan21

[Vi] "O Dilema das Redes Sociais"

Em 2015 percebi que as redes sociais me tinham fechado numa bolha. Seria fácil simplesmente deixar estas plataformas, mas é através delas que me mantenho informada profissionalmente, já para não falar de poder manter o contacto com pessoas que a vida, infelizmente, foi afastando, pelo que me pareceu bastante mais útil informar-me e perceber a melhor postura e comportamento a adotar quando on-line.

Assim comecei um caminho que (devagar, é verdade) me levou, recentemente, ao documentário "O Dilema das Redes Sociais", que teve em mim o impacto que já antevia. Não acrescenta nada de novo a quem já vai lendo ou vendo Ted Talks, por exemplo, sobre o tema, mas achei in­teressante que tenham entrevistado quem desenvolveu algumas das ferramentas que hoje tanto são criticadas e tidas como nocivas, ilustrando, a meu ver, demasiado bem como aquelas não são desenhadas com um mau propósito mas, como tantas outras invenções humanas, acabam por ser facilmente usadas para fins menos dignos. Isto não retira responsabilidade aos seus inventores, que deveriam antever todas as possibilidades e repercussões que um uso indevido pode causar, mas coloca também em nós a responsabilidade de como utilizamos as ferramentas à nossa disposição.

O documentário convida a parar e pensar sobre como usamos, ou mesmo sobre como nos deixamos usar pelas plataformas digitais, e dá a conhecer algumas formas de como (voltar a) ganhar um pouco desse controlo sobre a tecnologia que usamos e a interagir com a mesma, nomeadamente durante os créditos mas também no sítio web do documentário e mediante pesquisa sobre os entrevistados, dando a conhecer projetos e possibilitando aprofundar o tema.

03
Jan21

[Vejo] Documentários sobre Minimalismo

Passei a tarde do primeiro dia deste novo ano a ver os documentários realizados pelo Matt D'Avella disponíveis no Netflix, sendo que o mais recente estreou nesse dia e uma vez que subscrevi o mês grátis para ver a série "Bridgerton" (vi logo todos os episódios de seguida, no dia de Natal assim que estreou, porque era a coisa que mais queria ver este ano! Polin! Peneloise! ) mais vale aproveitar.

Bem, eu até acho interessante o conceito do Minimalismo mas, muito since­ramente, não vou conseguindo levar a sério as pessoas e personalidades que mais o promo­vem, pois não se apercebem do privilégio que têm (leiam também este texto). Quem tem pouco, não é destralhando que vai encontrar significado ou sentir- se mais feliz. Há quem precise de épocas de saldos, como o Black Friday que tanto mostram no documentário, porque de outra forma se calhar não conseguem comprar o que querem ou precisam. Há quem não possa deixar o seu trabalho para se dedicar a ser blogger e a vender, bem... banha da cobra. Porque parece que isso que me estão a tentar vender, sobretudo com o segundo e mais recente documentário "Less is Now", para além de uma estética que me parece fria e, sinceramente, muito pouca acolhedora. Mas isso talvez seja de já ter visto muitos vídeos sobre o tema no Youtube.

Não quer dizer que não tenha pontos positivos. Sobretudo o primeiro, "Minimalism: A Documentary About the Important Things", tem algum interesse ao abordar como nem tudo o que achamos pretender ser realmente o que mais desejamos ou devemos procurar. Mas não me parece que seja vivendo com me­nos coisas que passamos a viver melhor. Para isso há que viver com intenção e de for­ma deliberada, dando mais atenção a nós e aos outros, apesar de no dia-a-dia ser fácil esquecer isso

Alerta também para algum consumismo desenfreado e mesmo desnecessário, que tem efeitos nocivos para o ambiente e mesmo em termos socioeconómicos, porque geralmente produtos baratos devem-se a cortes sobretudo na mão-de-obra. Mas não me parece que o minimalismo seja a resposta. Ser um consumidor consciente (e consciente a vários níveis) parece-me mais adequado.

Apesar de tudo, retiro dos documentários algumas coisas que me interessam para enfrentar este ano que começa e que tem por tema "curadoria".

01
Jan21

[Pondero] Tema do ano: curadoria

Não sei muito bem o que esperar deste novo ano, pois pela primeira vez não sinto a emoção de começar do zero, como se tivesse uma nova oportunidade de começar de novo. Os dias parecem todos iguais e por isso não há aquela sensação de página em branco. Na verdade, porque é que haveria de o ser? Para mudar não interessa se a terra concluiu uma volta ao Sol. Sou eu que tenho de fazer o esforço de mudar o que pretendo e para isso pouco importa se é um novo ano, mês, semana ou dia. Interessa é dar o primeiro passo.

Mas é claro que apesar de toda esta arbitrariedade no que toca ao tempo, ter um dia marcado no calendário ajuda, mais não seja por apresentar um ponto concreto, e um novo ano presta-se a isso.

Com base num vídeo, decidi este ano não tanto fazer resoluções mas seguir uma palavra, um tema. Escolhi a palavra ‘curadoria’, não só por ser uma das palavras do mestrado que me encontro a fazer, mas porque desde que vi alguém a utilizar a palavra, que a mesma não me sai da cabeça.

E o que é curadoria?

to be in charge of selecting and caring for objects to be shown in a museum or to form part of a collection of art, an exhibition, etc.;

to be in charge of selecting films, performers, events, etc. to be included in a festival;

to select things such as documents, music, products, or internet content to be included as part of a list or collection, or on a website

https://dictionary.cambridge.org/dictionary/english/curate

Sendo sobretudo usado no âmbito museológico, encaro a palavra como significando organizar, selecionar e administrar algo. Para este ano que começa, curadoria significará organizar o meu tempo de modo a dedicar-me ao que verdadeiramente me interessa e acrescenta algo à minha vida, escolher o que é melhor para mim e para quem me rodeia, e deixar para trás o que já não me serve ou interessa.

Parece-me ser uma palavra que pode englobar muitas coisas, como ‘fazer caminhadas’, ‘ligar a uma pessoa com quem gosto de conversar’, ‘deixar de comer emocionalmente’, mas que para além disso convida a pensar sobre as escolhas que faço em determinado momento. Porque para fazer curadoria é necessário critério e, sobretudo, ponderação.

Veremos no que isto dá. As resoluções nunca pareceram resultar comigo, comigo a desanimar ou a esquecer aquilo a que me havia proposto poucas semanas ou meses depois do ano começar. Com um tema, parece que se abre o leque de oportunidades, porque mesmo que não se atinja um objetivo, desde que nos mantenhamos num determinado sentido, parece-me positivo.

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