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Coisas que...

Coisas que...

14
Fev24

[Li] "Tutankhamun's Trumpet: The Story of Ancient Egypt in 100 Objects" de Toby Wilkinson

Se tenho encontrado os livros da Amelia Peabody mais cedo na minha vida, talvez esta fosse diferente. Ou vai daí talvez não, porque mesmo sem os livros segui Arqueologia e não é por isso que pratico... No entanto, as épocas que mais me fascinaram sempre foram as mais recentes, que é como quem diz da queda do Império Romano para cá.  Antigo Egito era engraçado e tal, mas mais pela mitologia do que propriamente pela História em si. Até aos livros da Amelia...

Curiosa e entusiasmada com o relato de descobertas no final do século XIX e início do século XX, como contadas naquela série de aventura e mistério, resolvi aprofundar um pouco mais o assunto e parti para a leitura deste livro que vai abordando a história do Antigo Egito a partir de 100 objetos encontrados no túmulo do rapaz faraó, Tutankhamon.

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O livro encontra-se dividido em 10 capítulos, cada um debruçando-se sobre um tema e composto por 10 objetos, servindo cada um destes objetos como ponto de partida para o autor ir dando a conhecer alguns pormenores da mais longa civilização que o mundo conheceu. Mostra como a geografia foi influente, os conflitos e influências externas que em vez de suplantarem, contribuíram para a continuação desta civilização e da sua cultura que, apesar de 3 000 anos, como que se foi mantendo inalterável. Mostra também o seu legado, como, mesmo depois de cair, esta civilização foi influenciando os milénios seguintes.

Um livro muito interessante para quem gosta do tema, ou para quem não gostando do tema se interessa pelas histórias que os objetos podem ajudar a contar. O único senão é que nem todos os objetos têm imagens a ilustrar o livro.

31
Jan24

[Desafiam] #Historathon2024

Encontrei este desafio no Youtube e pareceu-me ser uma ótima desculpa para dedicar-me, durante o ano de 2024, a ler alguns títulos que tenho cá por casa, alguns desde a minha licenciatura, vai para 20 anos... 

Este evento/desafio consiste na leitura de obras de não-ficção sobre diferentes períodos da História, decorre durante todo o ano mas cada trimestre é dedicado a um desses períodos. Assim:

  • janeiro a março - Pré-história a 500 d.C.;
  • abril a junho - 500 a 1500;
  • julho a setembro - 1500 a 1820;
  • outubro a dezembro - 1820 até ao presente.

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Para o primeiro trimestre conto ler:

  • Tutankhamun's Trumpet: The Story of Ancient Egypt in 100 Objects de Toby Wilkinson, que ainda comecei em 2023 e me encontro a ler devagarinho mas com muito interesse;
  • Pandora's Jar: Women in the Greek Myths de Natalie Haynes, que também está na minha lista de leituras relacionadas com a Grécia Antiga;
  • SPQR – Uma História da Roma Antiga de Mary Beard.

Não quer dizer que os vá ler a todos, ou que não opte por ler outros, pois felizmente o que não me falta por casa são livros que se enquadrem neste primeiro período temporal.

28
Jan24

[Desafiam] Book Bingo para 2023 - Atualização #3

Era para ter publicado a última atualização do Book Bingo para 2023 (as anteriores estão aqui e aqui) no final do ano, mas como tive a pior última semana de 2023 que poderia ter imaginado, trago a atualização agora, com a novidade de que o Book Bingo para 2023 vai passar a Book Bingo 2023-2024. Tão perto de o completar, querendo eu ler livros das categorias que faltam e sendo este um desafio pessoal, não vejo porque não continuar neste ano de 2024.

Antes de 2023 ter chegado ao fim, ainda consegui fazer 3 linhas no Book Bingo, duas na horizontal e uma na vertical. O Bingo também servia para me desafiar a ler 25 livros, tal como me tinha proposto no Goodreads, mas aqui mais que ultrapassei o meu objetivo! Para tal muito contribuiu o facto de ter subscrito a Audible, que felizmente tem no seu catálogo Plus títulos com alguns anos, mas que sempre tive curiosidade em ler. De momento, é a subscrição de que mais tiro prazer e possibilitou-me "encontrar" tempo para a leitura, sendo que geralmente vou a ouvir audiolivros quando passeio o meu cachorro. [Nada temam! O Nero continua a receber carinho, atenção e brincadeira a rodos, mas enquanto ele anda entretido a cheirar tudo e mais alguma coisa, eu vou ouvindo as histórias da Amelia Peabody; quando chegamos ao parque ou ao jardim a minha atenção é toda dele!]

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Releitura

Falei do livro The House at Riverton aquando da sua primeira leitura aqui, tendo escrito como o adorei (ainda que a tradução deixe a desejar, esqueci-me de mencionar isto na opinião) e como gostaria de ouvir a versão áudio. Finalmente o fiz, e não sei se terei gostado ainda mais. A narradora, no caso a atriz Emilia Fox que conheço da série "Silent Witness", faz um ótimo trabalho. Não só faz distintas vozes/entoações para as diferentes personagens, como a própria Grace tem uma voz mais cansada mas confiante, quando a narrativa se desenrola no presente, ou mais jovem e insegura, caso nos encontremos no passado.

Foi um prazer revisitar Riverton e fiquei com vontade de voltar a ler livros da autora.

 

Biografia

Ainda na onda dos Plantagenetas, iniciada pelo podcast do historiador Dan Jones This is History: A Dynasty to Die For e continuada com a audição do audiolivro entitulado The Plantagenets: The Kings Who Made England do mesmo autor, parti com alguma expetativa para Matilda: Empress, Queen, Warrior, da autoria de Catherine Hanley, que estava disponível na subscrição do catálogo Audible Plus. A personagem é muito interessante, trata-se da mãe do Henrique II, que dará origem à dinastia Plantageneta, e que apesar de ter sido apontada e jurada como herdeira ao trono, foi colocada de lado em favor de um herdeiro masculino. Esta situação deu origem ao período conhecido como Anarquia, e parece-me que serviu de inspiração à Dança dos Dragões do George R.R. Martin... A biografia dá a conhecer uma mulher que, tivesse nascido homem, teria mostrado todas as qualidades que se procuram num monarca, mas tendo nascido mulher, as mesmas qualidades tornam-se em defeitos. Aconselho sem dúvida a sua leitura, mas a versão áudio deixou um pouco a desejar.

 

Calhamaço

É verdade que é por pouco, mas tem mais de 500 páginas! Para esta categoria li O Presságio de Fogo, da Marion Zimmer Bradley, sendo que também contou para o desafio das leituras relacionadas com a Grécia Antiga. Na verdade, acabou por ser o último que li para este desafio este ano, porque acabei por interessar-me por outros temas, nomeadamente o Antigo Egipto... A sequência de leituras sobre a Grécia pode não ter sido bem escolhida, ou os títulos não serem bem escolhidos... Na verdade, sinto que empanquei na Ilíada e este livro também não ajudou muito. Tinha curiosidade para ler algo do ponto de vista da Cassandra, mas a sua voz deixou um pouco a desejar, sendo algo irritante e arrogante na forma como julga os outros sem, a meu ver, ter muita razão para isso.

 

Fininho

Por vezes tenho o hábito de procurar livros que se passam em museus, para voltar, de certa forma, a um mundo que conheço, contudo descobri a série a que este livro pertence quando andava à procura de livros com algo de "Crime, Disse Ela". Estou a rever os episódios que vão dando na televisão e queria ler algo como um cozy mystery. No meio de tanta oferta, destacou-se a série Dogwood Springs Cozy Mystery por ter como protagonista uma diretora de um pequeno museu. Este Bed & Breakfast & Burglary é uma prequela, pelo que a protagonista ainda está para ser entrevistada, mas dá para perceber que a série será um bom entretém para quando precisar de ler algo leve.

 

Antologia de contos

Acho que estou a fazer um pouco de batota com este, mas o que seria de um desafio sem alguma batota?! Uma amiga aconselhou-me Gonçalo M. Tavares como autor português a manter debaixo de olho, e emprestou-me este Histórias Falsas para que eu pudesse ter um exemplo da sua escrita e, sobretudo, como que do seu universo. A única falha que aponto a este livro é que as histórias são muito curtas. Quando começo a entrar na mesma, ela acaba. Mas esta experiência, por assim dizer, surtiu o efeito pretendido e fiquei com curiosidade de ler mais coisas da sua autoria.

03
Set23

[Desafiam] Book Bingo para 2023 - Atualização #2

Esperava já ir mais avançada nesta coisa do Book Bingo, uma vez que passei a dispor de mais tempo e estive umas semanas de férias, mas a verdade é que os livros, como já tinha dito na atualização anterior, têm um efeito soporífero e só os audiolivros têm permitido que avance alguma coisa nas leituras. Mesmo assim, a coisa não está mal e, apesar de ainda não ter feito nenhuma linha, planeando melhor algumas leituras acho que as consigo fechar...

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Clássico

Ok, talvez a Ilíada não tenha sido a melhor opção de leitura em papel se queria manter-me acordada, mas tinha de continuar com as leituras relacionadas com a Grécia Antiga, outro desafio a que me propus durante este ano.

A história em si é bastante conhecida, conta da raiva de Aquiles e de como este se recusa a lutar, e as consequências de tal ato. Contudo, apesar de Aquiles se manter fora da ação, a história aqui contada foca-se sobretudo nas batalhas e na enumeração de todos os heróis (e mais alguns) que lutaram, pereceram e sobreviveram durante aqueles dias, o que leva o livro a tornar-se repetitivo e aborrecido. No entanto, parece-me que é fácil perceber que de facto seria um texto oral, exatamente por causa das repetições, e imagino que a ênfase dada à descrição das batalhas quando contadas oralmente tivesse um outro impacto e ritmo.

Imagino também que a maior parte das personagens enumeradas fossem conhecidas à época, ou pelo menos a sua ascendência, mas são muitas e algumas só estão em uma linha ou duas, pelo que pouco desenvolvimento das personagens existe, mesmo dos que melhor conheço ou que mais vezes aparecem.

Com tudo isto não quero dizer que seja mau ou que não vale a pena ler. Muito pelo contrário, acho incrível como um pedaço de literatura como esta chegou até aos dias de hoje, e só por isso vale a pena. Acho também interessante dizer-se que trata da história de Aquiles, apesar de ele estar pouco presente. Já sabia que assim seria, mas mesmo assim não pensei que ele estivesse tão ausente. Quase mais parece a história de Heitor, na verdade, do que da de Aquiles. Mas o que gostei mesmo foi da intromissão e das pequenas guerras entre os deuses. Agora quero um livro só do ponto de vista dos deuses!

 

De ou sobre história

Por aqui comentei em como andava a ouvir podcasts, e como estava viciada no podcast do historiador Dan Jones This is History: A Dynasty to Die For. Pois, quando me interesso por alguma coisa é fácil cair numa espiral e ficar obcecada com um tema (ou mais, veja-se o exemplo que me levou a ler a Ilíada), e lá fui eu ouvir novamente o Dan Jones sobre os Plantagenetas.

The Plantagenets: The Kings Who Made England foi a minha nova incursão pelo mundo dos audiolivros e que me levou a encontrar um novo espaço para a leitura no meu dia-a-dia. Tendo ouvido o podcast, os primeiros capítulos são bastante semelhantes, ainda que com menos humor, e talvez não tão aprofundados, pelo menos pareceu-me que alguns temas e eventos foram abordados de forma um pouco mais extensa no podcast. No entanto, o livro debruça-se sobre toda a dinastia, portanto do Henrique II ao Ricardo II, enquanto que o podcast é capaz de ficar-se por três temporadas e acabar com o reinado do João Sem-Terra e a Magna Carta.

Para quem queira conhecer Inglaterra antes da Guerra das Rosas e dos Tudors, parece-me uma boa aposta.

 

Escolhido ao calhas

Como disse, quando me interesso por um tema posso ficar um pouco obcecada e, depois de acabar o audiolivro dos Plantagenetas, pensei em pegar nas peças do Shakespeare ou continuar com livros sobre a Guerra das Rosas. Infelizmente, o livro de Dan Jones sobre a Guerra das Rosas não estava disponível na Audible (sim, mais uma vez tive de me render ao império do Jeff Bezos) e não me apetecia voltar a reler a peça do Ricardo II, preferia antes ver a série The Hollow Crown mas não a encontro disponível em plataformas de streaming.

Ora, andava a navegar quando percebo que com o plano de subscrição que assinei podia ouvir o Ciclo Pendragon de Stephen R. Lawhead. Sendo que a lenda do rei Artur se foi desenvolvendo na época dos Plantagenetas e gostando eu da lenda, lá parti para a sua audição.

Comecei então com Taliesin. Surpreendeu-me a narradora ser feminina apesar do título dizer respeito a um personagem masculino, mas faz sentido. Na verdade, este primeiro livro segue duas linhas que depois se encontram. Na primeira seguimos Charis, que dá a voz na primeira pessoa em alguns momentos e daí a narradora feminina, e a queda da Atlântida; na segunda começamos por seguir Elffin e depois Taliesin.

A história em si cativou-me, ainda que em algumas partes me tenha perdido, porque o interesse também se foi esvaindo. Isto aconteceu sobretudo depois de os protagonistas finalmente se encontrarem e começarem a envolver-se romanticamente. Pode ter havido alguns revirares de olhos devido às "dificuldades" e "problemas" levantados sobretudo pela Charis. O fim pareceu-me algo abrupto.

Também me fez confusão não perceber bem a idade das personagens, sobretudo dos atlantes, nomeadamente Morgian. Tanto é uma rapariga com 3 ou 4 anos quando se dá o desastre, como depois já é uma adolescente... Mas mesmo com o próprio Taliesin... Fiquei sem perceber se as linhas de história correm paralelas (pela forma como os capítulos se vão alternando diria que sim), mas então a Charis teria 17 anos quando cai a Atlântida e o Taliesin teria quê, 7? Deixou-me muito confusa...

Mesmo assim, parti para o seguinte...

 

Audiolivro

Apesar de gostar da lenda de Artur, não sou grande fã da personagem do Merlin, foco do segundo livro do Ciclo Pendragon.

Neste o narrador é masculino e a história contada na primeira pessoa por Merlin, contudo não gostei do narrador a início, sobretudo com o nome de algumas personagens a terem uma pronúncia completamente diferente. No entanto, com a continuação lá me fui habituando e acho que o tom algo arrogante até ia bem com a personagem.

Já não gostei tanto da história deste livro como do anterior, sobretudo no que à Morgian diz respeito, o que não adivinhava nada de bom para os seguintes livros. A escrita do autor é boa, não digo que não, mas infelizmente deixa a desejar no que toca ao desenvolvimento tanto da história como, sobretudo, das personagens. O autor é muito bom a descrever batalhas, mas em tudo é muito tell e pouco show. O exemplo mais notório é com a personagem da Morgian. É-nos simplesmente dito que ela é má, com poucos exemplos dessa maldade para além do desconforto que o Merlin sente quando está na sua presença. Algo agravado no livro seguinte...

 

Começado por uma vogal (artigos não contam)

Este livro conta com o mesmo narrador, mas desta vez a história é contada por 3 personagens diferentes, focando-se as três narrativas em diferentes momentos da vida de Arthur. Infelizmente, pouca distinção existia entre a narração de cada uma, e mesmo de Merlin do livro anterior, pelo que por diversas vezes dava por mim a questionar-me quem raio estava a contar a história, até porque o meu interesse foi caindo e era mais fácil perder-me.

Como disse, este livro como o anterior é muito tell e pouco show, sobretudo no que toca à Morgian. Finalmente aqui tem-se um vislumbre de alguns dos atos de Morgian, mas passa-se tudo longe da nossa vista e sem nos ser dado a conhecer o que leva a essas ações, qual o motivo para as mesmas.

Aliás, há muita coisa que se passa longe da nossa vista. Na verdade, tudo o que parece interessante passa-se longe da nossa vista, apenas nos é dito, e quando pode ser algo que impacta a história, é rapidamente resolvido ou ultrapassado. Sim, porque o Arthur é bom em tudo e mais alguma coisa, e é o príncipe prometido, e blah blah.

E depois temos finais apressados. Morgian? Rapidamente lidam com ela quando é apresentada a Arthur. Medraut? Praticamente a mesma coisa... E depois o livro acaba! Quando começa a ficar interessante, acaba!

 

Em inglês

Poderia supor-se então que a história continuaria em Pendragon... Mas não. O quarto livro do Ciclo Pendragon volta atrás no tempo para contar algumas histórias relacionadas com Arthur. Aparentemente, pelo que pude ler aqui num comentário do próprio autor, o Ciclo seria para ser constituído por 4 livros, mas a editora entretanto mudou de ideias, o que levou ao final abrupto, pelo que este livro deveria de facto estar no volume anterior.

Contudo, sofre dos mesmos problemas, com o agravante de que tendo já lido o final, porque já foi contado em Arthur, há consequências que se adivinham porque... já sei como acaba! O único interesse poderá estar na invasão dos Vândalos e na peste, mas tirando isso, pouco interesse tem este livro, que foi o que mais me custou a acompanhar, de tal modo que nem sei se vou pegar no seguinte, até porque o audiolivro não parece estar disponível na Audible (não consigo perceber porque uns estão e outros não, e parece que acontece o mesmo com outras séries...). Também não me parece que responda às questões que os 4 livros que já li levantaram, sobretudo o primeiro volume, e que não me parece que tenham, de facto, alguma resposta, nomeadamente de onde veio Taliesin e o que levou a Morgian a ser a "vilã"...

Tinha muita curiosidade em ler estes livros pois tinha ouvido que, como as Crónicas do Senhor da Guerra de Bernard Cornwell, tentava contar a história de Arthur ligando a mesma à queda do Império Romano. No entanto, em termos de rigor histórico parece-me que também deixa a desejar. Enquanto ia ouvindo, tanto este volume como o anterior, ia pensando para comigo como talvez seria melhor voltar a reler/pegar em As Brumas de Avalon, para a parte mais fantástica da lenda, ou em As Crónicas do Senhor da Guerra, para a parte mais "realista", digamos assim, da lenda de Arthur.

07
Jul23

[Desafiam] Book Bingo para 2023 - Atualização #1

No início do ano propus-me a fazer um Book Bingo, com cartão e tudo, mas não se pode dizer que tenha progredido muito. É verdade que tive de me dedicar a outras coisas e, quando encontrava tempo para descansar, ler não era das maiores prioridades. Ainda assim fui lendo e, devagar, vou voltando à leitura. Muito devagar, sobretudo porque, por alguma razão, pegar num livro tem um efeito soporífero. Nos últimos tempos voltei a pegar em audiolivros a ver se a coisa avança...

De qualquer forma, este é o cartão atualmente preenchido.

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Sobre os livros...

Emprestado

Comecei por ler Uma Breve História da Igualdade de Thomas Picketty, que trouxe da biblioteca do meu local de trabalho (sim, sou uma sortuda). Já há algum tempo que queria ler algo deste autor e este pareceu-me um bom ponto de partida. Basicamente, segundo o autor "existe um movimento de longo prazo que caminha para mais igualdade social, económica e política ao longo da história" (p. 13), sendo este movimento consequência das lutas e revoltas contra injustiças, que permitem transformar relações de força e derrubar mesmo instituições apoiadas pelas classes dominantes. Contudo, e apesar de hoje haver mais igualdade do que em séculos anteriores, há ainda muito mais a fazer.

 

Autora

Li The Cloisters de Katy Hays num momento em que adormecia sempre que via alguma coisa na televisão e me estava a apetecer ler algo ambientado em museus. Para além disso, mete cartas de tarot pelo que me parecia ser uma premissa interessante. Achei-o algo previsível, mas cumpriu o seu propósito máximo, isto é, entreve-me num momento em que precisava de descansar mentalmente de outras coisas.

 

E-book

Li o anterior em e-book e como a coisa estava a resultar, parti para outro, no caso The Silence of the Girls de Pat Barker que, como que inadvertidamente, acabou por ser o ponto de partida para as leituras relacionadas com a Grécia Antiga. Este título tinha chamado a minha atenção por, supostamente, dar voz às personagens femininas da Ilíada, mas se elas têm voz, já que é Briseida que conta a história, ainda assim continua a ser contada a história de Aquiles.

 

Escolhido por outra pessoa

Em finais do mês de abril tive a oportunidade de passar uns dias de férias a Londres, pelo que uma amiga me trouxe e emprestou o livro Histórias de Londres de Enric González achando que poderia ser um bom companheiro de viagem. Acabei por ler pouco do mesmo na dita viagem, mas li-o mesmo assim. Escrito por um jornalista espanhol que viveu em Londres, dá a conhecer algumas histórias e características da cidade e mesmo dos londrinos e ingleses.

 

Não ficção

Já por aqui falei de A arte de caminhar de Erling Kagge.

 

Capa verde

Outro livro emprestado e que vinha muito bem recomendado foi Pequenas Coisas Como Estas de Claire Keegan. É, sem dúvida, uma história impactante, sobretudo na sequência das notícias de abusos da igreja e instituições ligadas aquela, como é o caso da que aqui é retratada. Apesar de ter uma belíssima escrita, confesso que no final deixou-me um pouco desapontada. Pareceu-me que tentou ser algo de Cântico de Natal, mas a mensagem no final deixou-me com sentimentos bastante contrários. Quem não se importar com spoilers pode ler aqui o que achei.

 

Escolha livre

Depois de ler The Silence of the Girls apeteceu-me continuar a explorar a mitologia/história em torno da guerra de Tróia, e tendo em casa por ler A Guerra de Tróia de Lindsay Clarke pareceu-me óbvio pegar neste título. Gostei do livro, acho que o autor fez um muito bom exercício ao tentar juntar os diversos mitos e personagens numa só história, dando-me mesmo a conhecer algumas de que nunca tinha ouvido falar, como Palamedes. No entanto, a exploração das personagens fica um pouco pela rama, talvez com a exceção de Odisseu, o que até faz algum sentido sendo que esta versão é contada por um bardo de Ítaca.

 

Não foi contabilizado, ainda, El príncipe de la niebla, o primeiro volume de La Trilogía de la Niebla de Carlos Ruiz Zafón. Como o livro que tenho une os três títulos da trilogia, só penso contar como concluído, e assim para o cartão na categoria "em espanhol", quando acabar os dois que faltam.

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