[Penso] Enquanto leio...
Ler livros do J.G. Ballard é como olhar para um acidente e não conseguir desviar o olhar. Em Crash é quase que literal.
Não sei o que é que a sua escrita crua, e neste caso praticamente pornográfica, tem de especial. Não sei como consegue enojar-me e deleitar-me ao mesmo tempo. Não sei o que tal poderá dizer sobre mim.
Mas sei que quero mais. Que quero ler tudo o que escreveu. Que quero parar o que estou a fazer e dedicar-me à leitura (sem adormecer de tão cansada como chego ao fim do dia).
Já com Arranha-Céus senti o mesmo. Agora vou a meio de Crash e continuo a achar o mesmo. Nunca vou conseguir descrever de forma coerente o que a escrita de Ballard me faz sentir, pensar. Nunca vou conseguir exprimir porque e como se tornou num dos meus autores favoritos.