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Coisas que...

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21
Jul15

[Li] "The Martian" de Andy Weir

 Tirado daqui.

 

Eis como é bom sair da nossa zona de conforto. Não sou das maiores fãs de Ficção Científica (FC)... quer dizer, pelo menos na sua versão literária. Como disse no grupo do Só Ler Não Basta, no Goodreads, onde de momento está a decorrer um desafio para ler FC:

Talvez seja medo de não conseguir imaginar o que apresentam (como a minha imagem do rover no The Martian mostra, imaginação nem sempre é comigo, imaginei o Wall-E versão grande mas coisas assim, está quieto :P ) ou medo da ciência. Não é que seja algo que seja aprofundado em todos os livros, mas só a possibilidade de ler debates de física ou explicações me deixa pouco entusiasmada.

Além disso, sinto que com a FC preciso de uma componente visual mais presente, de um meio mais visual.

Filmes e séries televisivas ainda vá. Em livros é mais complicado pegar, mas o certo é que acabo por gostar. Já tinha gostado de Os Despojados, e agora gostei deste The Martian.

 

Jamais me tinha chamado a atenção, apesar de andar nas bocas do mundo e ter sido considerado um dos livros do ano de 2014 do Goodreads, e era mesmo daqueles em que planeava ver o filme e ficar-me só por aí, mas é nisto que dá as leituras conjuntas. Acabou por ser uma surpresa, não tanto por ter lugar em Marte, já vi filmes, mas pela maneira como a história é contada. Mark Watney é abandonado em Marte pelos parceiros da missão em que se encontrava, pois aqueles pensam que ele está morto, e vai-nos contando o seu dia-a-dia através de registos diários. O seu humor sarcástico é brilhante mas o que é demais enjoa e quando a coisa começa a perder a piada... eis que ganhamos novas perspectivas sobre a situação.

 

Como alguém disse no vídeo de discussão, é como se o autor soubesse exactamente o que o leitor está a pensar e, quando está prestes a perdê-lo, surge algo que volta a despertar a atenção e a manter-nos alerta. Isto fez com que partes do livro fossem lidas sofregamente para saber como é que se desenrascariam das várias situações que se vão sucedendo. Ou pelo menos isso aconteceria se Junho não tivesse sido (mais) um mês caótico, porque se é verdade que o livro é um autêntico pageturner, o facto é que dei por mim a aborrecer-me aquando das descrições da parte mais "Macguiveriana" (a descrição de "Macguiver em Marte" pela Telma é perfeita), e com a cabeça a viajar para bem mais longe que o planeta vermelho.

 

As personagens, tirando talvez o protagonista, são muito pouco desenvolvidas, sendo mesmo algo estereotipadas mas tal acaba por servir um propósito, todas têm uma função nesta narrativa, para além de fazerem Mark brilhar. No entanto, as relações acabam por ser bem conseguidas ainda que não sejam desenvolvidas de forma típica, digamos assim. Como fazê-lo se o protagonista está a muitos milhares de quilómetros da Terra? Mas Mark é realmente a estrela (ah! tinha de usar termos destes!). Percebo que haja quem tenha achado o seu humor artificial a partir de determinado ponto, como a Célia, mas tendo em conta o treino, o facto de terem escolhido o Mark pela sua personalidade, e o facto de que só temos um pequeno vislumbre daquilo que se passa com ele, sendo que o próprio diz que está a fazer aqueles registos na eventualidade de alguém os encontrar pelo que não devia querer dar parte de fraco, levam-me a admirar a sua força e estado de espírito. Garanto que se fosse eu, a história seria bem curta. 

 

Como disse, gostei do livro apesar dos problemas que fui encontrando. Problemas até que podem não ser apontados ao livro em si, pois deriva sobretudo de não me conseguir concentrar, como pretendia, na história. É um relato de luta pela sobrevivência num meio inóspito, coisa que penso que nunca tinha lido mesmo com histórias passando-se na Terra, com um personagem que, julgo, tornar-se-á memorável.

 

Podem ainda ler (porque não há links suficientes neste texto  ) as opiniões da Diana e da Slayra.

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